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Caminhada perfeita para quem quer desligar da poluição sonora das cidades. O percurso fica em Cabeceiras de Basto.

pós semanas vividas no meio do caos e atribulações das cidades, tudo o que precisamos é de momentos para descomprimir. Não há melhor terapia do que umas boas horas em contacto próximo com a natureza, enquanto caminhamos e descobrimos recantos de Portugal que nem sabíamos que existiam. A Levada de Víbora é um deles.

Com cerca de seis quilómetros, “que começa em Abadim e vai até ao ribeiro a que chamam Víbora”, o caminho foi criado há vários séculos, mas até às últimas semanas poucos por lá passaram. “O percurso foi construído entre 1961 e 1965. Na verdade, já existia há muitos anos, desde o século XVI. Mas foi por aquela altura [nos anos 60] que começaram a mudar o caminho de terra batida para granito”, conta à NiT Fernando Basto, vice-presidente do município de Cabeceiras de Basto.

Durante os oito anos foi presidente da Junta de Freguesia de Abadim, onde o trilho nasce, tentou dar a conhecer o enorme potencial da Levada de Víbora. “Andei vários anos a brandar aos céus, mas nunca fui ouvido”, afirma. Levou a ideia até Cabeceiras de Basto e, finalmente, viu as suas preces respondidas. “Ficaram todos maravilhados com aquela zona”, recorda. “Como nunca tínhamos explorado o percurso, agora pareceu-nos a altura ideal.”

A beleza da paisagem irá acompanhá-lo até ao miradouro de Porto D’Olho, no Outeiro da Varela, onde se ergue também uma bonita capela. Dali, poderá desfrutar de uma vista desimpedida sobre toda a zona. Pode ser uma subida um pouco difícil, mas o resultado acabará por valer a pena.

“Temos uma paisagem fabulosa. E, em termos de flora, a diversidade é enorme.” Destacam-se carvalhos, pinheiros bravos, madressilvas e castanheiros. Entre os animais que ali residem, encontram-se aves de rapina, alguns cavalos, as típicas raposas e pequenos sardões. “Também temos o Posto de Fomento Cinegético”, sublinha. Naquela estrutura, criada nos anos 70, faz-se a criação de perdizes e coelhos para repovoamento das zonas de caça.

O seu tranquilo passeio nunca será solitário. Será sempre acompanhado por uma pequena corrente de água. “Além do percurso fazer bem à saúde, ouvimos sempre a água a bater nas pedras”, comenta Fernando Basto.

E terá muito mais para descobrir em Cabeceiras de Basto, como o Baloiço dos Sonhos, inaugurado a 10 de abril por um grupo de quatro amigos. Situado no monte do Castelo, em Toninha, também este oferece uma vista desafogada para vastos campos onde apenas se vê verde.

O Mosteiro de São Miguel de Refojos também merece uma visita, onde é representado o melhor que se fazia na arquitetura de estilo barroco. Na verdade, o monumento é considerado a “Jóia do Barroco Português em Terras de Basto”.

A pouco metros encontra a Casa do Tempo, um edifício que o levará numa viagem pela história da região de Cabeceiras do Basto. Ali encontra fatos e roupas seculares e louças antigas.

Carregue na galeria para conhecer melhor a Levada de Víbora e os outros encantos do concelho.

Por: NIT

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